Pragas iniciais na cultura do tomateiro

A maioria das pragas que atacam essa cultura estão presentes desde o transplantio das mudas em campo até o final do ciclo e não raro estão presentes também no viveiro de produção das mudas. No entanto, dentro desse complexo de pragas existem aquelas que tem uma importância maior na fase inicial da cultura, enquanto outras irão ter maior importância a partir dos 60 dias quando começa a ocorrer o período de frutificação.

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A maioria das pragas que atacam essa cultura estão presentes desde o transplantio das mudas em campo até o final do ciclo.
Das pragas iniciais, as mais importantes são os tripes, pulgões e moscas-branca. E embora, outras pragas de extrema importância para a cultura como a traça-do-tomateiro e a mosca-minadora também estejam presentes nesse período, as primeiras são transmissoras de viroses e podem inviabilizar a cultura, o que justifica a preocupação com esses organismos no início do ciclo.

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Das pragas iniciais, as mais importantes são os tripes, pulgões e moscas-branca.

TRIPES

Os tripes são constituídos por quatro espécies que atacam a cultura do tomateiro, são elas Frankliniella occidentalis, Frankliniella schultzei, Thrips tabaci e Trips palmi. Todas as espécies são importantes por transmitir o vírus causador do vira-cabeça do tomateiro (Tospvírus), uma das principais viroses dessa cultura. Por outro lado, F. schultzei tem chamado atenção, devido as dificuldades de controle dessa espécie onde verificamos, em trabalhos de laboratório, o uso de concentrações altíssimas para conseguir um bom controle.

Associado a esse fato, a própria bioecologia da praga dificulta seu controle no campo, pois apresenta postura endofítica, as ninfas e adultos tem o hábito de ficar na face inferior das folhas, dentro das inflorescências e nos ponteiros dentro das folhas dobradas, fatos esses que dificultam o contato dos inseticidas com o inseto.

No controle, o primeiro passo é conhecer a praga para monitora-la na lavoura. Dessa forma, esses insetos apresentam em média 1 mm de comprimento com corpo esquio. Os adultos possuem coloração amarelo palha a preto, enquanto as ninfas possuem coloração amarela esbranquiçada. Seu ciclo de vida inclui dois estágios ninfais com intensa atividade e alimentação, além de dois estágios inativos, sem alimentação, conhecidos como pré-pupa e pupa. As fêmeas adultas inserem seus ovos na epiderme das folhas. Seu ciclo dura em torno de 11 dias e os adultos podem viver por mais 15 dias. Nesse período, as fêmeas podem colocar de 100 a 200 ovos.

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Adulto e ninfa de tripes.

Os tripes possuem aparelho bucal modificado em cone bucal, contendo estiletes adaptados para raspar e perfurar os tecidos da planta e sugar a seiva que extravasa. Nos locais onde são realizadas as picadas formam-se áreas descoradas, que necrosam devido à morte dos tecidos. Em ataques intensos, as folhas ficam com aspecto de bronzeamento ou queimadura, com brilho prateado e logo em seguida caem. Além das folhas, atacam também flores, causando esterilidade e/ou prejudicando o desenvolvimento de frutos. Entretanto, a maior importância dos tripes como pragas do tomateiro se deve ao fato de serem transmissores de viroses, principalmente o vírus causador do vira-cabeça do tomateiro.

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Viroses causadas por tripes.

PULGÕES

Em relação aos pulgões existem três espécies Myzus persicae, Aphis gossypii e Macroziphum euphorbiae que são responsáveis pela transmissão das viroses mosaico ‘Y’, topo-amarelo e amarelo baixeiro. São insetos de tamanho pequeno, medindo cerca de 1,3 mm de comprimento e de coloração variável do amarelo-claro ao verde escuro. Entre os adultos predomina a cor verde escura. Vivem sob as folhas e brotos novos das plantas sugando a seiva.

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Os pulgões são responsáveis pela transmissão das
viroses mosaico ‘Y’, topo-amarelo e amarelo baixeiro.

A capacidade de reprodução desses insetos é enorme e processa-se por partenogênese, isto é, sem a participação do macho. Nas populações de pulgões ocorrem formas aladas e ápteras. Os indivíduos alados são responsáveis pela colonização das lavouras e consequentemente pela disseminação das viroses. Em seguida surgem, os indivíduos ápteros e à medida que a população começa a crescer de maneira muito intensa, levando à falta de alimento, aparecem as formas aladas novamente, que voam para outras plantas, para iniciarem novas colônias.

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Indivíduos ápteros e indivíduo na forma alada.

Pragas iniciais na cultura do tomateiro

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MOSCA-BRANCA

A mosca-branca (Bemisia tabaci) compreende pelo menos dois biótipos importantes que estão presentes na cultura do tomate, os biótipos B e Q. O biótipo B e largamente difundido nas diferentes regiões brasileiras e frequentemente está presente na cultura. Enquanto o biótipo Q foi relatado a poucas safras atrás e vem sendo detectado esporadicamente na cultura e pode se tornar importante devido à alta tolerância aos inseticidas utilizados para o controle de B. tabaci.

A mosca-branca são insetos pequenos, os adultos apresentam cerca de 1 a 2 mm de comprimento, coloração esbranquiçada ou amarelo- Possuem dois pares de asas membranosas recobertas por uma pulverulência branca palha. Podem colocar até 300 ovos durante a sua vida. Os ovos são amarelados e o período embrionário dura aproximadamente 9 dias a 25oC. As ninfas são translucidas a amareladas. Apresentam quatro estágios ninfais, sendo o primeiro móvel e os demais imóveis. Habitam a face inferior das folhas. São responsáveis pela transmissão de viroses (diferentes espécies de geminivírus), podendo causar perdas substanciais na cultura do tomateiro.

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Mosca-branca.

O exterminador de tripes,
pulgão e mosca-branca

O exterminador de tripes,
pulgão e mosca-branca

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