Ferrugem asiática da soja

Atualmente o Brasil se destaca como o segundo maior produtor e o primeiro maior exportador mundial de soja. A produção brasileira, na safra 2017/2018, alcançou o volume de 119 mil toneladas. Com uma estimativa de produção de 122,2 mil toneladas na safra 2018/2019 e uma área de 36,4 milhões de hectares. Do total desta produção 70% da produção brasileira está concentrada nos estados de Mato Grosso, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás.

Apesar da importância econômica da soja para a economia brasileira e mundial a produção pode ser comprometida por aproximadamente 47 doenças de diferentes etiologias. Porém, a ferrugem asiática é considerada, atualmente, a principal doença da soja causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Esta doença é considerada uma das mais destrutivas com relatos de até 100% de danos e perdas estimadas de aproximadamente 737 milhões de dólares ao ano. O primeiro relato dessa doença no Brasil ocorreu na safra de 2001/2002 no Estado do Paraná, e rapidamente se disseminou- para as demais regiões produtoras do país.

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Ciclo da ferrugem da soja (Phakopsora pachyrhizi).

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Ciclo da ferrugem da soja (Phakopsora pachyrhizi).

HOSPEDEIRO

O agente causal da ferrugem, Phakopsora pachyrhizi é um fungo bitrófico que sobrevive em soja verde e outros hospedeiros. Ao contrário de outras ferrugens P. pachyrizi pode infectar uma ampla gama de hospedeiros, incluindo 41 espécies distribuídas em 17 gêneros da família Fabaceae. Tendo como principais hospedeiros a soja (Glicyne max), soja perene (G. sojae) Kudzu (Pueraria lobata) e feijão caupi (Vigna unguiculata). Recentemente foram descritas, também, como hospedeiras desse patógeno a corda de viola (Ipomeia nil ­ Família Convolvulaceae) e o leiteiro (Euphorbia heterophylla – Família Euphorbiaceae).

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Phakopsora pachyrhizi

EFEITOS DOS FATORES CLIMÁTICOS SOBRE A DOENÇA

A incidência da ferrugem asiática da soja é influenciada diretamente pela frequência das chuvas ao longo do ciclo e altas temperaturas. O fungo tem a capacidade de causar infeção em uma faixa de temperatura que varia de 15°C a 28°C, com 6 a 12 horas de molhamento da superfície foliar. A germinação do uredosporos (esporos) pode ocorrer em uma faixa de 7°C a 28°C, sendo a faixa ótima de 15°C a 25°C. Estudos demostram que, no Brasil, o fungo produz as urédias (estrutura de reprodução) após 28 dias da inoculação. Uma urédia pode produzir esporos durante 21 dia e paralisando a produção após 27 dias.

SINTOMAS

Os sintomas podem se manifestar em qualquer estádio de desenvolvimento da cultura nas mais diferentes partes da planta sendo que o mais característico ocorre nas folhas. Em geral a infecção tem início na parte abaxial das folhas do terço inferior da planta, com a observação de áreas cloróticas de formato poligonal e pontuações de coloração mais escura. Após a colonização e desenvolvimento do fungo no interior dos tecidos ocorre a formação das urédias onde serão formados e posteriormente disseminados os uredóporos (esporos) pela ação do vento.

Com a evolução da doença o tecido ao redor da lesão adquire coloração castanho-avermelhada com lesões visíveis em ambas as faces foliares causando rápido amarelecimento e queda prematura das folhas. Quanto mais cedo ocorre a desfolha menor será o tamanho do grão e consequente maior será a perda de rendimento e qualidade destes. Em casos mais severos, quando a doença atinge a soja na fase de formação das vagens ou granação pode ocorrer aborto e queda das vagens com perda total de rendimento.

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Sintomas de ataque de ferrugem da soja.

CONTROLE

Essa doença é muito agressiva em todos os países em que foi relatada. A obtenção de variedades resistentes é um processo difícil devido à alta variabilidade genética desse patógeno. Dessa forma, as cultivar ditas como resistentes pode ter sua resistência quebrada facilmente.

CONTROLE CULTURAL

Uma das medidas de controle cultural é o aumento da área com rotação de cultura com gramíneas no lugar da soja safrinha, favorecendo o manejo de plantas voluntárias assim como a eliminação destas. A utilização de variedades de ciclo precoce, também é recomendada, diminui o tempo de exposição da planta ao patógeno.

O manejo da irrigação por aspersão, também se faz necessário, a fim de reduz o tempo de molhamento foliar que favorece a germinação dos esporos. A menor densidade populacional de plantas também pode contribuir pode resultar em menor severidade da doença, pois permite melhor distribuição dos fungicidas durante a aplicação.

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Rotação de cultura com gramíneas no lugar da soja safrinha.

Ferrugem Asiática da soja

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CONTROLE QUÍMICO

O controle químico é a ferramenta mais utilizada para o controle da ferrugem asiática na soja. Atualmente são gastos aproximadamente 2 bilhões de dólares por ano para o controle dessa doença no Brasil.

Até o momento estão registrados 67 produtos no MAPA para controle dessa doença em soja. Devido a queda de sensibilidade do fungo aos fungicidas de sítio-específico, fungicidas multissítio têm sido reavaliados para aumentar as opções de controle dessa doença. Os multissítios agem em diferentes pontos do metabolismo do fungo além de apresentarem baixo risco de resistência, tendo assim um papel importante no manejo antirresitência para os fungicidas de sitío-específico. Este fungicidas utilizados em conjunto tem apresentado uma faixa de 50% a 60% de eficiência de controle da doença.

As aplicações de maneira curativa devem ser evitadas, visando diminuir a pressão de seleção de resistência ao fungicida. Dessa forma o manejo integrado juntamente com a utilização de misturas comerciais formadas por dois ou mais fungicidas com modo de ação distinta , respeitando as doses e intervalos de aplicação e evitar a aplicação sequencial do mesmo produto, adequando o manejo de acordo com a época de semeadura é a melhor opção para diminuir a incidência e severidade da doença e consequentemente obter maior produtividade de soja.

Controle químico no manejo da ferrugem da soja.

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