Macromip Max traz bons resultados à lavoura de morango

O ácaro rajado é a principal praga do cultivo de morango. Ao se alimentar do conteúdo celular causam amarelecimento da folha, reduzindo a sua capacidade de realizar a fotossíntese. Em altas populações e/ou durante as horas mais quentes do dia são facilmente visíveis na parte superior da folha, tecendo uma grande quantidade de teia. Se multiplicam rapidamente na cultura do morango, sendo favorecidos pelo clima quente e seco. Dessa forma, o controle biológico dessa praga deve ser iniciado logo no início da infestação, de preferência antes que a densidade populacional da praga atinja o número de 5 ácaros rajado por folíolo de morango. Infelizmente, muitas vezes o produtor só percebe a presença da praga quando há formação da teia, o que indica que a densidade populacional da praga já é bastante alta.

Uma boa forma de monitorar a início da infestação é fazer amostragens das folhas semanalmente. Para facilitar, esse monitoramento pode ser feito durante a colheita, avaliando a face inferior da folha com a ajuda de uma lupa de aumento de 10x. Como o ácaro rajado ataca em reboleiras, os pontos iniciais de infestação devem ser marcados, com auxílio de fitas ou pedaços de bambu, por exemplo, para auxiliar no momento do controle biológico.

A quantidade de predadores a ser liberada na lavoura é uma das etapas mais importantes no manejo da praga. Recomendações erradas podem levar a um controle deficiente e demorado, o que pode levar o produtor a ter que usar acaricidas para o controle da praga. Em baixas infestações, logo no início das primeiras reboleiras, podem ser utilizados uma média de 2 predadores por planta. Em altas infestações essa quantidade pode chegar a 10 predadores por planta. Por isso a importância do monitoramento da praga para detectar os primeiros focos: o controle é mais viável economicamente.

Avaliação em campo

Um acompanhamento da liberação de predadores para o controle de ácaro rajado foi realizado em uma lavoura de morango no município de Bom Repouso (MG) entre os meses de novembro e dezembro de 2015. Cinco canteiros da variedade San Andreas foram monitorados e apresentaram uma média de 15 ácaros rajados por folíolo. Nesses canteiros foram liberados dois frascos de Macromip Max em 2.000 plantas, uma média de dois ácaros predadores por planta.

Nas primeiras semanas a população do ácaro rajado teve um pequeno aumento, porém sem causar danos econômicos à cultura. Depois de quatro semanas, a população de ácaro rajado foi diminuindo progressivamente e em oito semanas essa praga foi totalmente controlada, com as novas brotações livres de sua presença (Figura).

É importante mencionar que nas primeiras semanas após a liberação foi difícil observar a presença dos predadores na lavoura. Ao longo das semanas essa visualização tornou-se mais fácil (com lupa de 10 vezes de aumento), uma vez que o predador vai se reproduzindo na lavoura. Após 45 dias da primeira liberação foi possível encontrar predadores em todos os canteiros com bastante facilidade. Uma estratégia complementar adotada foi a lavagem das plantas com água. Esse manejo desfavorece a praga (que prefere ambientes secos), inclusive diminuindo a quantidade de teias que são utilizadas principalmente para a dispersão da praga e, por outro lado, favorece os ácaros predadores que preferem ambientes úmidos e assim se reproduzem em maior quantidade. A quantidade recomendada para esse tipo de manejo em morangueiro é de 1.000 L de água para cada 10.000 plantas. É importante ressaltar que essas lavagens devem ser feitas no período da manhã em dias ensolarados para evitar a incidência de doenças. As lavagens podem ser feitas uma ou duas vezes na semana, dependendo da infestação e do clima.

Esse acompanhamento demonstrou que é possível controlar o ácaro rajado na lavoura de morango, utilizando apenas ácaros predadores e fazendo um bom manejo na área. O resultado foi uma lavoura sem ácaro rajado e o produtor satisfeito com o resultado.

O produtor Adenilson Oliveira comprovou a eficiência de Macromip Max para o controle do rajado em morangueiro.

 

Dra. Grazielle Furtado Moreira

Promip – Manejo Integrado de Pragas

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