No último sábado, 19 de maio, aconteceu o Treinamento Técnico para Abacateiro de Alta Produtividade em Socorro/SP. O evento reuniu cerca de 60 produtores da região que discutiram temas como boas práticas e manejo biológico de pragas na produção de abacates.
Esta cultura tem ganho um espaço muito grande na produção agrícola brasileira e a região de Socorro tem uma condição climática adequada para as variedades que estão mais em alta no mercado.
“A produção comercial de abacates está ganhando um volume grande na exportação, o treinamento teve com intuito atentar o agricultor para o manejo adequado com controle biológico, visando sempre o ganho de qualidade do produto para o mercado exterior”, destaca da bióloga Dra. Lillian Silveira Pereira, Analista de Desenvolvimento de Novos Mercados da PROMIP que ministrou palestra sobre o manejo de pragas no evento.
Na região de Socorro, a maioria dos produtores são agricultores familiares de pequeno e médio porte. Segundo o sócio proprietário da Revenda Produtiva Agro, Thomas de Faria Tafner, que organizou o evento em parceria com a PROMIP, os agricultores já estão propensos a optar por um manejo mais limpo, utilizando o mínimo possível de defensivos, por esta razão, as palestras foram importantes para esclarecer as dúvidas dos produtores.
“Embora todos os participantes já tenham conhecimento da ferramenta de controle biológico, ela ainda é novidade, nós queremos incentivar o manejo biológico pois é muito melhor, é seguro e eficaz”, afirma.
A principal praga causadora de prejuízos nos abacateiros é a que pela falta de métodos seguros e viáveis de controle, continua sendo fator limitante para o cultivo do abacate no Brasil.
O destaque do evento foi potencial do uso do parasitóide Trichogramma pretiosum(TRICHOMIP P) para o controle da broca do abacate (Stenoma catenifer), praga-chave que tem causado danos severos nas áreas de produção comercial de abacates no Brasil
O TRICHOMIP P é um produto que contem microvespas que parasitam ovos de diversas espécies de mariposas, como a broca do abacate, ao fim do ciclo, em vez de nascer uma lagarta da praga, nasce uma nova vespinha em seu lugar, dando continuidade ao controle.
“As palestras foram esclarecedoras e agora temos que trabalhar em conjunto com o produtor, temos que ensinar, capacitá-lo para a utilizar essa tecnologia para que obtenha sucesso”, finaliza Tafner.
Palestra destaca o uso de Trichogramma pretiosum para o manejo da broca do abacate
Vários produtores da região participaram do evento em Socorro/SP